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Será que é fome mesmo?

Muitos pacientes chegam ao consultório com a queixa de ansiedade e compulsão alimentar principalmente no período noturno, que é quando chegam em casa após um dia cansativo e relaxam.

Com isso, vem os desejos por alguns alimentos específicos, em sua maioria, doces.



Cabe a cada um responder a seguinte questão: o que te motiva a querer consumir este alimento? É verdadeiramente pelo prazer de comê-lo, ou é por ansiedade, medo ou outro sentimento? Se não for por prazer, provavelmente não conseguirá consumir uma quantidade moderada do alimento ...


AUTOCONHECIMENTO é a palavra-chave! E, na Nutrição, temos a definição do que seria Fome Física e Fome Emocional. Você sabe identificar?


Vamos lá, começando primeiro pela fome fisiológica... nela, você sente fome de forma progressiva, pode começar a sentir fraqueza ou tontura após muito tempo sem se alimentar, quando você tem a sensação de que vai comer o que estiver na sua frente... esse tipo de fome não é seletiva. Logicamente, nossa consciência nos permite tomar a decisão se conseguimos aguardar ou não para consumirmos o alimento mais adequado ...





E a fome emocional? Provavelmente você já passou por isso... algumas frases ajudam a identificá-la. Vamos ao exercício?


Eu comi porque...


"... apenas porque a comida estava ali"

"... alguém preparou para mim"

"... paguei pela comida"

"... tenho pena de jogar fora"

"... estou ansioso/triste/frustrado/de TPM"



 

E aí, viu que é fome emocional?

Então, vamos às dicas:

1) Em primeiro lugar, busque outras fontes de bem - estar e boas sensações... ouvir uma música, ler um livro, cantar ou assistir um filme de comédia ou de seu gênero preferido ajudarão bastante!

Tente se afastar de conseguir o prazer pela comida nesses momentos, pois isso se torna um círculo vicioso...


2) Caso vá consumir o alimento, aprecie seu "flavor" ... consuma-o devagar, saboreie o alimento, considere sua textura e aroma.


3) Sirva uma porção pequena. Evite a "síndrome do prato limpo"! Quanto maior a porção, maior a vontade que você terá de consumi-la até terminar, mesmo que você tenha consciência de que já comeu o suficiente.


4) Converse sempre com seu nutricionista, exponha os alimentos que mais te fazem "falta", mas reflita e tente descobrir a causa. Uma vontade grande de consumir determinado alimento ou grupo de alimentos pode estar relacionada à deficiência de certos micronutrientes (vitaminas e minerais) e até mesmo desequilíbrio da microbiota intestinal, mas a causa também pode estar baseada no stress e ansiedade, fatores que você consegue controlar e equilibrar. A expertise do profissional auxiliará em estratégias para manutenção do prazer em se alimentar e, ao mesmo tempo, de uma alimentação saudável.


Um beijo, até a próxima!


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